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Resenha: Harry Potter and the Cursed Child


Resenha baseada na edição americana


Harry Potter and the Cursed Child – ou Harry Potter e a Criança Amaldiçoada – é uma peça de teatro escrita por J. K. Rowling (responsável pela história), Jack Thorne e John Tiffany (responsáveis pela adaptação teatral).

Exibido nos palcos em 30 de Julho de 2016, o guião do teatro foi lançado em formato de livro no dia seguinte pela editora Little, Brown. No Brasil, o lançamento de Harry Potter e a Criança Amaldiçoada (em português) está previsto para o dia 31 de Outubro, pela editora Rocco.


The Cursed Child conta uma história que se passa 19 anos após o fim de HP e as Relíquias da Morte. A peça apresenta, além de Harry, Rony, Hermione e outros personagens já conhecidos, seus filhos. Alvo Severo Potter, Rose Weasley e Scorpius Malfoy são crianças em idade escolar.


Alvo Severo é o filho mais novo de Harry e adentra Hogwarts temeroso diante da carga do sobrenome Potter. Insatisfeito com o próprio desempenho perante às expectativas, o menino demonstra a frustração ao longo do livro, o que gera um clima pesado entre pai e filho.

Scorpius Malfoy, filho de Draco, também sente a pressão do primeiro ano escolar devido a boatos sérios sobre sua família. Ele e Alvo desenvolvem laços de amizade devido à compreensão recíproca.

Em segundo plano temos, ainda, os personagens já conhecidos lidando com as crianças e o trabalho.


Harry, Rony, Hermione e Gina são facilmente identificáveis. A forma como são escritos e retratados se assemelha aos livros anteriores e é possível enxergar determinadas evoluções que, muito provavelmente, vieram com a maturidade. Para os fãs de Harry Potter, a experiência da leitura e as descobertas sobre a vida adulta dos personagens é fantástica – ela sacia as saudades e mata algumas dúvidas.


Em HP and the Cursed Child, o universo criado por Rowling é aprofundado de forma que torna o vira-tempo o objeto principal – responsável por resoluções ou criações de problemas. Para quem está habituado a histórias de viagem no tempo, é fácil imaginar as reviravoltas e aventuras que um passeio pelo passado pode provocar.


Diferenças importantes são o formato de diagramação e escrita, divergentes dos livros “convencionais” de Harry Potter. A peça foi dividida em duas partes e predominam os diálogos, não as narrações. Mesmo assim, a escrita de Rowling é muito identificável e familiar, assemelhando a peça aos livros anteriores.

Diferente do que ocorreu com "Morte Súbita”, o ritmo de leitura e os diálogos são mais parecidos com o formato com o qual estávamos acostumados.


No fim das contas, a peça é uma grande e divertida aventura que aborda personagens conhecidos em situações diferentes das que estamos habituados enquanto introduz outras figuras na história. Esse impasse entre passado e presente, familiar e desconhecido, instiga a leitura e a torna muito dinâmica.

Rowling não decepcionou os fãs e provou que o universo de Harry Potter foi tão perfeitamente pensado que pode se estender por cantos que nem nós mesmos – acompanhantes fiéis da saga – havíamos imaginado.

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